quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Metamorfismo como uma consequência da dinâmica interna da Terra

As rochas metamórficas geralmente, resultam da transformação de rochas pré-existentes. Estas transformações decorrem quando essas rochas atingem grandes profundidades ou quando são encaixantes nas intrusões magmáticas, sem contudo passarem pelo estado de fusão. Nestes casos, devido às novas condições de pressão e de temperatura, diferentes das que presidiram à sua génese, as rochas vão sofrer alterações nas suas características originais.

O conceito de metamorfismo, associado à dinâmica interna da Terra.
É o conjunto das transformações e das reacções que uma rocha sofre quando é sujeita a condições de pressão e temperatura diferentes das que presidiram à sua génese.


Formação das rochas metamórficas. 



Metamorfismo de contacto e metamorfismo regional

Metamorfismo regional — Afeta zonas rochosas extensas, envolvidas em fenómenos tectónicos como a colisão de placas litosféricas. Os materiais são sujeitos a temperaturas e pressões elevadas e à ação de fluidos circulantes que deformam e alteram a composição mineralógica das rochas.

Metamorfismo de contacto — Afeta localmente os materiais rochosos quando o magma se instala no seio de rochas preexistentes, que são metamorfizadas devido às altas temperaturas e à libertação de fluidos.




Diferentes tipos de rochas metamórficas (xistos e outras rochas com textura foliada e/ou bandada bem definida; mármores; quartzitos, que apresentem textura granoblástica).

 

Formação das rochas magmáticas

As rochas magmáticas ou ígneas resultam da consolidação do magma e podem ser formadas em profundidade ou à superfície.


As rochas vulcânicas ou extrusivas resultam de um magma que consolida à superfície ou perto dela. Apresentam cristais de reduzidas dimensões, frequentemente invisíveis a olho nu, devido ao arrefecimento rápido do magma.

O basalto, o riólito, a pedra-pomes e a obsidiana são rochas vulcânicas.


As rochas plutónicas ou intrusivas resultam de um magma que consolida em profundidade. Apresentam cristais desenvolvidos, visíveis a olho nu, devido ao arrefecimento lento do magma.

O granito e o gabro são rochas plutónicas.


Génese das rochas magmáticas plutónicas e vulcânicas




Minerais característicos das rochas magmáticas


Textura das rochas magmáticas

As rochas, contam a sua história e, na verdade, basta observar o aspecto da rocha para sabermos onde se formaram e em que condições (pressão e temperatura). Chama-se Textura da rocha magmática, ao aspecto que a rochas tem à vista desarmada.

  • Se todos os minerais seus constituintes são visíveis a olho nu diz-se rocha com textura holocristalina, granular ou fanerítica. Ex: Granito.
  • Se os minerais são de pequenas dimensões e não se distinguem à vista desarmada, diz-se que têm textura hemicristalina ou afanítica. Ex: Basalto.
  • As rochas sem minerais cristalizados diz-se que têm textura vítrea. Ex: Obsidiana.


Tonalidade das rochas magmáticas

A tonalidade das rochas depende da composição dos magmas. Assim temos rochas mais claras (leucocratas) se o magma for rico em sílica e rochas mais escuras (melanocratas) de o magma for pobre em sílica.



Aplicações das rochas magmáticas em Portugal




Síntese

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Vulcanismo, Ambiente e Saúde das Populações


What is a Volcano?

Jogo online: Erupção Vulcânica

Faz o teu próprio Vulcão


The Supervolcano game




O Cume de Dante

Visualização do filme "O cume de Dante"

Título original: Dante's Peak
Género: Comédia, Romance, Acção
Outros dados: EUA, 1997, Cores, 97 min.

Em "O Cume de Dante" a erupção de um vulcão, que todos julgavam extinto, ameaça uma pequena cidade junto a Washington. O vulcanólogo Harry Dalton (Pierce Brosnan) e a presidente de Câmara Rachel Wando (Linda Hamilton) vão enfrentar juntos a catástrofe.



sábado, 4 de janeiro de 2020

Vulcanismo em Portugal

Vulcanismo principal 
Vulcanismo ativo no vulcão dos Capelinhos - ilha do Faial, Açores.

O Vulcão dos Capelinhos
Na madrugada do dia 27 de setembro de 1957, após dias com a terra a tremer continuamente, o vulcão dos Capelinhos despertava. O mar entrava em ebulição e assim começavam 13 meses de atividade.
 In: Perdidos e Achados - Reportagem SIC - 18 de janeiro de 2017
https://sicnoticias.pt/programas/perdidoseachados/2017-01-22-O-Vulcao-dos-Capelinhos

As mais recentes manifestações vulcânicas nos Açores, datam de 1998 e 1999 com a entrada em erupção do vulcão da Serreta a 10km NW da ilha Terceira. Esta actividade manifestou-se com a elevação de uma coluna de vapor a cerca de 30m de altura e o aparecimento de pedaços de lava a flutuar nas águas.

Vulcanismo secundário
Furnas - ilha de S.Miguel, Açores.




Termas em Portugal Continental - https://termasdeportugal.pt/






Mapa representativo dos principais tipos de rochas de Portugal continental
In: https://www.lneg.pt/CienciaParaTodos/dossiers/planeta_terra/vulcanismo

Simulação de erupções de diferentes tipos de atividade vulcânica

Esta actividade pretende simular, em laboratório, o vulcanismo explosivo e efusivo com apoio a maquetas de vulcões. 


Faz a descrição dos diferentes tipos de erupções vulcânicas, da respetiva morfologia dos vulcões  e dos produtos expelidos.









Simulação da dinâmica interna da Terra e do vulcanismo


Relatório da Atividade Prática


A atividade vulcânica como uma manifestação da dinâmica interna da Terra



Estrutura de um aparelho vulcânico

Os vulcões não ocorrem apenas à superfície (vulcanismo subaéreo), mas também debaixo de água (vulcanismo submarino).

Em algumas regiões do planeta a lava não é expulsa através de um vulcão (vulcanismo cónico), é derramada através de fissuras (ou fraturas) à superfície. Este tipo de vulcanismo designa-se de fissural.



Diferentes materiais expelidos pelos vulcões

Sólidos
Líquidos
Gasosos


Diferentes tipos de atividade vulcânica

 
O comportamento eruptivo de um vulcão depende da viscosidade do magma (depende ainda da temperatura, da quantidade de gases, entre outros fatores). A alta viscosidade causa uma actividade explosiva e a baixa viscosidade causa uma atividade efusiva.



Vulcanismo secundário

O vulcanismo secundário corresponde a manifestações de vulcanismo que não consistem em erupções vulcânicas, concretamente, mas estão relacionadas com a energia térmica emitida por corpos magmáticos quentes que se encontram a pequena profundidade. Este tipo de vulcanismo nunca é tão violento nem destrutivo quanto pode ser o vulcanismo principal.

As manifestações secundárias de vulcanismo, consistem em:
  • nascentes termais
  • fumarolas, mofetas e sulfataras
  • géisers






Benefícios do vulcanismo (principal e secundário) para as populações:
  • As regiões vulcânicas são regiões muito bonitas com grande interesse turístico e consequentemente impulsionador da economia local.
  • São regiões férteis, boas para a agricultura e pastorícia.
  • O calor geotérmico é usado para fins terapêuticos, por um lado, e energéticos por outro. Relativamente ao uso terapêutico, tira-se partido das propriedades químicas da água, bem como, da temperatura a que esta emerge, quer para ser ingerida, quer para banhos (termas). No que diz respeito ao uso energético aproveita-se o calor emanado para produzir energia eléctrica ou para aquecimento industrial.


Medidas de prevenção e de proteção de bens e de pessoas do risco vulcânico


Importância da ciência e da tecnologia na previsão de erupções vulcânicas

As autoridades locais instalam observatórios de vulcões e centros de investigação em vários vulcões activos. Monitorizam os parâmetros geofísicos e geoquímicos que variam antes de uma erupção vulcânica. Estas técnicas de monitorização só são possíveis devido aos avanços da ciência e da tecnologia.
  • Pequenos abalos sísmicos;
  • Emissão de gases;
  • Aumento da temperatura;
  • Deformação do cone.

Consequências da dinâmica interna da Terra

A dinãmica interna da Terra é responsável pela construção do relevo e pelos fenómenos sísmicos e vulcânicos.

Sismos


Vulcões


Formação de montanhas

Deformação das Rochas

O movimento das placas litosféricas ou tectónicas leva a que as rochas que as compõem estejam sujeitas a fortes estados de tensão e se deformem, dobrando ou fraturando.

O comportamento das rochas durante a deformação permite classificá-las em:
  • rochas de comportamento frágil ou rígido (que se fraturam originando falhas);
  • rochas de comportamento dúctil (que se deformam originando dobras).


O comportamento frágil ou rígido pode fraturar as rochas originando falhas (deformações descontínuas, em que se verifica a fratura das rochas, acompanhada de deslocamento dos blocos fraturados, um em relação ao outro).

O comportamento dúctil pode deformar as rochas originando dobras (deformações que se traduzem pelo arqueamento das camadas).

O comportamento dúctil ou frágil de uma rocha depende das condições do meio (pressão, temperatura, …), podendo a mesma rocha ser frágil a uma determinada profundidade e dúctil a outra profundidade.